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Assim como acontece entre os humanos, a vacinação serve para proteger os animais de diversas doenças infecciosas e contagiosas. Trata-se de um processo imprescindível e tem que ser encarado com extrema seriedade pelos donos de cachorros, sejam eles filhotes ou adultos. A saúde dos cães e a longevidade de suas vidas depende em grande parte do seguimento a risca por parte do dono do esquema de vacinação desenvolvido pelo veterinário. Qualquer falha nesse área pode significar uma vida repleta de problemas de saúde para o animal, podendo inclusive causar uma morte prematura. Constitui assim um dos cuidados mais importantes que o dono deve ter com seu cachorro.  



Os cães devem ser imunizados ainda quando filhotes e preferivelmente antes de começarem a frequentar as ruas e entrar em contato com outros cães. Caso o animal não esteja corretamente vacinado, ele estará sujeito a contrair diversas doenças virais provenientes de outros animais ou locais mal conservados e sujos. As vacinas que o cão irá receber e o intervalo entre as vacinações deve ficar a critério do veterinário responsável, sendo que a vacina múltipla (V8 ou V10), que protege o animal contra diversos tipos de doenças, entre elas hepatite e leptospirose, e a vacina antirrábica, são obrigatórias em qualquer esquema de vacinação. Para filhotes, a primeira dose de vacinação deve ocorrer a partir das seis semanas de idade.  O esquema mais comumente utilizado por veterinários estabelece que os filhotes devem receber após seis semanas somente a vacina múltipla. Depois disso, quando completam 12 semanas, devem receber as vacinas contra giardíase e gripe canina (injetável), além de uma dose de reforço da vacina múltipla. Por fim, quando chegam a 16 semanas, os filhotes devem tomar a última dose de reforço da vacina múltipla, uma dose de reforço da vacina contra giardíase, e outra contra a gripe canina, dessa vez por via intranasal, além da vacina antirrábica. Após o termino desse ciclo inicial, o animal deverá receber uma dose de cada vacina (múltipla, gripe canina e giardíase) anualmente para manter a defesa em dia.   É importante salientar que para ser vacinado, o cão deve estar plenamente saudável, sem febre, diarreia ou qualquer outro tipo de enfermidade. Além disso, é necessário que o animal passe por uma vermifugação pelo menos três semanas antes do momento da vacinação. Tal procedimento é realizado para eliminar possíveis parasitas intestinais e deve ser repetido continuamente a cada seis meses. Qualquer descuido em seguir esses passos pode resultar em uma falha vacinal, que ocorre quando o organismo do animal não responde plenamente à vacinação, e diminui a efetividade do medicamento.  

As vacinas caninas são indispensáveis e protegem os cães contra uma extensa variedade de doenças, entre elas: a hepatite, que caracteriza-se por febre alta, vômitos, diarreia e depressão, podendo provocar a morte imediata em animais jovens; a cinomose, doença altamente contagiosa e que degenera estruturas neurônicas; a leptospirose, que causada por uma bactéria presente na urina de ratos pode causar vômitos, diarreia e sangue na urina; a raiva, doença contagiosa que causa sintomas de agressividade e paralisia e se caracteriza pela alteração dos sinais nervosos em mamíferos; e a tosse dos canis, causadora de problemas respiratórios e que como o próprio nome diz caracteriza-se por uma tosse severa. Além disso, diversas outras doenças como a giárdia, a leishmaniose, a parvovirose e a coronavirose também são combatidas através da vacinação.  Vale lembrar que mesmo cães adultos que nunca foram vacinados ou filhotes que não foram vacinado durante o período correto podem ser auxiliados a qualquer momento. Em tais casos, os animais devem receber duas doses de vacina múltipla (V8 ou V10), com intervalo de 21 dias entre uma e outra, e também uma dose de vacina antirrábica. Isso também se aplica para cães de procedência desconhecida, quando não se tem conhecimento sobre o histórico de vacinação do animal. Em todos os casos, após iniciada, vacinação deve ser continuada nos anos seguintes.  

* Este texto informativo, expressa apenas uma opinião, portanto para qualquer decisão, consultar previamente um médico veterinário.

Fonte: Equipe Só Cães